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Covid: empresas buscam selos que certificam segurança de ambientes de trabalho

Demanda por serviço que estabelece regras e fiscaliza aplicação de protocolos cresceu na pandemia para reduzir impacto nos negócios

Com o impacto da pandemia nas atividades, empresas buscam selos de certificação para garantir segurança sanitária em seus ambientes de trabalho para não perder produtividade.

Certificadoras relatam crescimento de até cinco vezes nesse tipo de demanda com a pandemia, particularmente a partir da segunda onda, no fim de 2020.


O Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (Ibes Internacional) já certificou mais de cem empresas desde o início da pandemia com seu selo Covid Free.

Segundo a diretora de Mercado, Vivian Giudice, os clientes vão de hospitais e supermercados a escritórios de advocacia e até fazendas.


O Ibes também certificou um evento de turismo em Gramado (RS), apontando cuidados como totens eletrônicos para reconhecer crachás e medir a temperatura corporal e pulseiras com pequeno reservatório de álcool em gel.


Outro selo desse mercado é o Safeguard, da Bureau Veritas, que prevê, entre outras medidas, maior ventilação e redução do número de pessoas nos ambientes para garantir distanciamento social.


Esse tipo de certificação também especifica os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários para o contexto da pandemia, como máscaras.


Segundo José Cunha, diretor de Certificação da Bureau Veritas, a certificação foi contratada por empresas do ramo de serviços que envolvem atendimento ao público, como a rede de hotéis Accor e os restaurantes Fasano, além de shoppings, estabelecimentos culturais e escolas.


Ele diz que as exigências do selo seguem as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).


O selo é concedido após visita para checagem do cumprimento dos protocolos. O ambiente de trabalho ganha sinalização de que o ambiente é seguro.

Um QR Code permite consultar a validade do selo e acessar um canal para denúncias de quebra de regras. A renovação do selo acontece com visitas sem aviso prévio.


Conscientização


Nos protocolos dos selos, álcool em gel e ventilação são itens obrigatórios. Devem ser evitadas portas fechadas que demandem toque em maçanetas.

Outro recurso é o uso de pisos ou tapetes sanitizantes, com desinfetantes na estrutura. A higienização de banheiros é reforçada.


Para Vivian, do Ibes, selos ajudam a superar a falta de uma cultura de prevenção nos ambientes de trabalho:


— A higienização é uma parte. É preciso haver treinamento e conscientização dos trabalhadores para que, inadvertidamente, não ponham o ambiente em risco. E a liderança da empresa também precisa estar preparada para os custos de mudanças.

Suzete Suzuki, diretora de Certificação e Inspeção da ICV Brasil, que oferece o selo Ambiente Limpo e Seguro (ALS), diz que os protocolos variam segundo o setor.

Em consultórios médicos e dentários, por exemplo, a certificação inclui até o veto a acompanhantes em consultas se possível. A empresa já certificou cinemas, farmácias, escritórios de engenharia e restaurantes.


Suzete observa que, além de reduzir o impacto de infecções no negócio, a certificação é importante para que as empresas evitem reclamações trabalhistas.

A certificação Covid Audit, feita pela empresa OnYou com protocolos definidos pelo Hospital Albert Einstein, usa o método “cliente oculto”.


Consultores visitam empresas como se fossem clientes para checar o cumprimento de protocolos. Depois se identificam como auditores e conversam com o gestor sobre a necessidade de adaptação às melhores práticas.


Segundo o diretor executivo da OnYou, José Worcman, o custo da certificação varia de acordo com o porte e setor da empresa, podendo ir de R$ 350 a R$ 2 mil por processo em cada unidade.

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